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Foto do escritorRoger Correa

Vale vive boa fase e pode ser boa opção de investimento

Entre as blue chips, a Vale é uma opção de investimento interessante, principalmente por ter passado longe da crise que acometeu a Petrobras, e por apresentar boas perspectivas no curto e médio prazo.

A força da empresa reside no fato da companhia ser uma liderança no setor de mineração de ferro, apesar de estar sempre sujeita às variações do mercado.

Na primeira quinzena de julho, as ações ordinárias da Vale apresentaram tendência de valorização, passando de R$ 50. Na visão de analistas, essa expansão pode fazer com que os valores alcancem valores ainda maiores nos próximos meses.


O bom momento da companhia é refletido pelos números apresentados, em fevereiro, referentes ao quarto trimestre de 2017. No período, foi observado lucro líquido de US$ 771 milhões. No acumulado do ano passado, os valores chegaram a US$ 5,51 bilhões, elevação de 40% em relação ao período anterior.



No relatório da empresa foi mencionado que diversas mudanças foram promovidas, principalmente em relação à governança corporativa e na eficiência de gestão de custos.

Outro ponto destacado foi o desempenho da empresa no período. “Em termos de performance, o objetivo da Vale é que a diversificação da base de ativos atual resulte em uma empresa com menor dependência do minério de ferro.


Esse resultado, contudo, será atingido por meio da extração de maior valor dos ativos existentes. No pilar estratégia, foram estabelecidos direcionamentos para cada segmento de negócio. Em minerais ferrosos, busca-se a maximização da margem, com disciplina na oferta, posicionamento de produtos de qualidade e flexibilidade no portfólio. Já em metais básicos, o objetivo é preservar a opcionalidade dos ativos de níquel e aumentar da produção de cobre. No Carvão, a geração de valor passa por alavancar a utilização dos ativos de mina e logística existentes. Outra prioridade estratégica da Companhia é a desalavancagem, pois uma empresa que atua em mercados voláteis como a Vale deve manter uma sólida posição financeira. A redução da dívida influenciará a percepção de risco do mercado e proporcionará, consequentemente, o re-rating da companhia”.


Uma das vantagens da Vale foi conseguir superar, sem grandes traumas, as trocas de comando da empresa. Em 2011, Roger Agnelli (já falecido) deixou a presidência e em seu lugar entrou Murilo Ferreira. Fabio Schvartsman assumiu a empresa no começo de 2017.


RETORNO

A companhia anunciou neste ano alteração na política de dividendos, o que revela confiança nos resultados futuros da companhia. Conforme a companhia, a remuneração ao acionista será composta por duas parcelas semestrais, a primeira em setembro do ano corrente e a segunda em março do ano subsequente.


O valor do dividendo será de 30% a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) menos investimento corrente, apurados no resultado do primeiro semestre, para a parcela de setembro, e no resultado do segundo semestre, para a parcela de março.


De acordo com comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela Vale, a política tem “intuito de ser, ao mesmo tempo, agressiva e sustentável por um longo período de tempo”. A empresa ainda indicou que a remuneração aos acionistas será feita em qualquer cenário de preço – do minério de ferro – permitindo também a previsibilidade da data de pagamento.

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