Ausência de um plano de sucessão, centralização de poder, disputas por heranças são alguns dos pontos que geralmente servem como pano de fundo para o fracasso de muitas empresas familiares.
Para exemplificar este quadro, trazemos alguns dos problemas enfrentados por diversas companhias na hora em que o principal controlador se afasta do comando, seja por problemas de saúde, velhice ou até mesmo a morte.
Tudo começa com o plano de sucessão que não tem como prioridade a saúde financeira do negócio. Ao considerar a perspectiva da geração atual é importante lembrar que os sucessores estão trabalhando para a aposentadoria e precisam ganhar dinheiro suficiente para manter seu estilo de vida atual. Como resultado, os planos tendem a refletir as necessidades individuais da geração que se aposenta, e não as necessidades de sustentar a vida e a saúde da empresa familiar e isso significa que todos os planos de sucessão de negócios que estão em vigor devem ser comercialmente viáveis.
Outro ponto que merece atenção diz respeito ao poder exercido pelas lideranças antigas. A maioria das pessoas em posição de poder tende a ouvir apenas o que elas querem, ou são mimadas pela geração anterior. Essa questão pode atrapalhar o progresso do seu plano de sucessão, seja na implementação ou após a sua saída, se os problemas de controle entre as partes interessadas não forem resolvidos.
Além disso, podemos citar ainda os problemas de comunicação da sucessão. Muitas vezes, a geração mais antiga pode estar propensa a colocar o cartão de crédito – sem limites – em um esforço para alinhar seus filhos com suas ideias. No entanto, os mais jovens muitas vezes podem resistir ao conselho de seus pais, esquecendo momentaneamente a sabedoria que vem com a idade. Como parte do processo de planejamento, as questões de comunicação precisam ser resolvidas para garantir o sucesso do processo de desenvolvimento da empresa para o futuro.
O sucessor de sua empresa familiar precisa estar totalmente qualificado para liderar e administrar o negócio nos próximos anos. O sucesso dessa pessoa depende do apoio de sua equipe de gerenciamento, funcionários, fornecedores e clientes. Embora você possa querer ou até ter imaginado deixar sua empresa familiar nas mãos de um parente, a realidade é que nem sempre é a decisão correta. Se você escolher um parente menos habilidoso e experiente para liderar sua empresa familiar com um gerente experiente, com habilidades e visão fortes, sua empresa sofrerá revezes e poderá até falhar completamente.
IMPACTO
Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria Bernhoeft e divulgada em 2006, 95% das empresas são familiares e que 65% das falências ocorrem por conflitos entre os membros da família e não por problemas com o mercado.
Isso ressalta a importância de uma sucessão familiar ainda mais afinada com o diagnóstico da empresa e com o uso de ferramentas como a trust e holdings familiares.
Por fim, os exemplos de varejistas familiares como Mappin, Mesbla e G.Aronson que eram gigantes e desapareceram mostra a importância da governança corporativa nos negócios. Essas empresas acabaram virando cases do que não deve ser feito.
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