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Foto do escritorRoger Correa

Recuperação da Petrobras ganha mais consistência

Incompetência e corrupção costumam ser uma mistura explosiva. A Petrobrastalvez seja um grande exemplo disso.


Devastada por anos de ingerência e dilapidação do patrimônio, a petrolífera chegou a perder R$ 15 bilhões de valor de mercado.

No entanto, nos últimos dois anos, com uma gestão mais profissional, a empresa passou a dar sinais de recuperação e registrou lucro líquido de R$ 6,961 bilhões no 1º trimestre de 2018, alta de 56% frente ao mesmo período do ano passado (R$ 4,45 bilhões) e o melhor resultado dos últimos 5 anos.


Desde que a crise da empresa se escancarou, revelada em grande parte pelos desdobramentos da Operação Lava Jato, a nova gestão do executivo Pedro Parente (atual presidente da BRF, ex-ministro da Casa Civil do governo de Fernando Henrique Cardoso, PSDB e ex-presidente da Bunge).


Parente adotou postura dura ao arrumar a casa da Petrobras. Eliminou desperdícios, adotou nova política de preços e acabou favorecido pelo aumento do petróleo no mercado internacional.


A lista de medidas do presidente contou ainda com ganhos de R$ 3,223 bilhões com a venda dos campos de Lapa, Iara e Carcará, lucratividade maior com a venda de combustíveis e derivados, aumento nas margens e volumes no comércio de gás natural e um choque nas despesas com equipamentos ociosos e despesas gerais.



Além disso, o governo de Michel Temer (MDB), apesar de todos os seus problemas, teve o mérito de não interferir nos rumos da empresa.


De acordo com relatório divulgado pela consultoria Economática, a última vez em que a  foi a maior empresa por valor de mercado no Brasil aconteceu no dia 15 de outubro de 2014, quando registrou R$ 254,4 bilhões contra R$ 247,7 bilhões da AmBev.


“O menor valor de mercado da empresa, desde o maior valor registrado em maio de 2008, foi no dia 11 de fevereiro de 2016 quando a empresa registrou R$ 67,6 bilhões. O crescimento do valor de mercado da empresa do pior momento em 2016 até o dia 10 de maio de 2018 era de R$ 291,2 bilhões.”, destacou o levantamento.


No mercado acionário, as ações ordinárias da Petrobras em 2018 até o dia 10 de maio tinham valorização de 70,55% e as preferências de 59,94%; no mesmo período o Ibovespa valorizava 12,38%.


A Lava Jato também ajudou a empresa a recuperar alguma parte do dinheiro subtraído dos cofres. No final de 2017, foram entregues simbolicamente R$ 653,9 milhões desviados em casos de corrupção, a Petrobras. Com isso, o total de recursos devolvidos para a petroleira chegou a R$ 1,4 bilhão e o valor total pode chegar a R$ 10,8 bilhões.


Projeções

No horizonte da empresa as perspectivas são ainda melhores. Recentemente, a Petrobras fez questionamento a AGU (Advocacia-Geral da União) para rever a cessão onerosa, aprovada em 2010.


O acordo permitiu que a estatal explorasse 5 bilhões de barris de petróleo sem licitação. Em troca, a empresa pagou cerca de R$ 75 bilhões ao governo. No entanto, como houve uma grande desvalorização do barril do petróleo nos anos seguintes, a Petrobras alega que foi prejudicada nesse processo e quer ser ressarcida. Caso seja aprovada, a medida deve injetar um bom dinheiro nos cofres da companhia.

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