Volatilidade é um fator já precificado no mercado de criptomoedas. No entanto, uma decisão recente da SEC (Securities and Exchange Comission) dos Estados Unidos pode trazer uma trajetória de baixas nas cotações da maioria das moedas eletrônicas.
No dia 9 de setembro, a entidade soltou comunicado extraordinário suspendendo as negociações de valores do Bitcoin Tracker One (CXBTF) e do Ether Tracker One (CETHF) até o dia 20 de setembro.
De acordo com a SEC, a suspensão ocorre por conta de “confusão entre os participantes do mercado em relação a esses instrumentos”.
Ainda de acordo com o texto, a comissão recomenda que os intermediadores, acionistas e potenciais compradores devem considerar cuidadosamente as informações atualmente disponíveis todos os comunicados emitidos pela empresa.
Ao término da suspensão de negociação, nenhuma cotação poderá ser feita e até que tenham se cumprido rigorosamente todas as disposições do regulamento da SEC.
A cotação da CXBTF, por sua vez, já sofreu um abalo considerável, com queda de 8,18% em apenas dois dias, sendo vendida até o início da suspensão a US$ 30,30.
Já a CETHF teve queda ainda pior, de 23% até o dia 6 de setembro, data da última negociação.
Apesar do impacto imediato ainda estar restrito às duas moedas afetadas pela SEC, é possível prever que a volatilidade prossiga por algum tempo e pode fazer com que os preços da bitcoin caiam do patamar de US$ 6.100.
AVANÇO Por outro lado, uma das tecnologias relacionadas às criptomoedas ganhou mais espaço. A UEFA testou recentemente o sistema de blockchain na venda de ingressos para o jogo da Supercopa (vencida pelo Atlético de Madrid contra o Real Madrid), realizado na Estônia.
Blockchain é um sistema que consiste em uma estrutura de dados que representa entrada de contabilidade financeira ou um registro de uma transação. Neste aspecto todos os movimentos são digitalmente assinados com o objetivo de garantir sua autenticidade e garantir que ninguém cometa adulteração, de forma que o registro e as transações dentro dele sejam considerados confiáveis.
De acordo com a entidade, o teste foi um “sucesso”. Em comunicado, a UEFA destacou que o novo sistema é voltado para o fornecimento de distribuição segura, que impede a replicação e a duplicação de ingressos.
A tecnologia garante a validade dos tíquetes no celular, que são transferidos por download para o dispositivo móvel de um usuário por meio de aplicativo para iOS ou Android. A entrada é então obtida ao apresentar o ingresso por meio de bluetooth colocados ao redor do estádio.
O uso de bilhetagem blockchain torna mais difícil a vida dos cambistas. Ele também dá às organizações esportivas mais controle sobre quem ganha acesso ao estádio, enquanto reduz a possibilidade de fãs serem enganados por vendedores falsos.
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