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Foto do escritorRoger Correa

Planos de saúde sofrem com a crise

Atualizado: 24 de jan. de 2020

Diversos meios de comunicação noticiaram recentemente um balanço da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que mostrou uma perda de 3 milhões de clientes dos planos de saúde, o que teria levado ao fechamento de 100 operadoras.


Já falamos aqui sobre o momento de crise que vive o setor no Brasil. Além disso, tentativas recentes de flexibilizar o mercado, como a instituição da franquia acabaram sendo barradas na Justiça. 

Neste quadro, a constatação é que o mercado vive um impasse que pode tornar a comercialização de planos de saúde no País algo realmente inviável.

Os fatores para isso são diversos e vão desde o envelhecimento da população, que levará à utilização dos serviços por um longo período, passam pelos limites de reajustes e por crises econômicas.


O cenário acabou agravado pela presente recessão que afetou a disponibilidade financeira de boa parte da população, que faz parte dos planos coletivos, responsável por 80% do mercado.


A questão dos reajustes afeta o cenário já que a ANS limita em até 10% o aumento dos planos individuais, mas não coloca limites para a expansão dos planos coletivos.


Segundo artigo do jornal O Estado de S. Paulo, “em 2017 foram 1,5 bilhão de procedimentos (consultas, atendimentos ambulatoriais, exames, terapias, internações e procedimentos odontológicos), 3,4% mais do que em 2016. Além do desperdício, as fraudes e a judicialização, tanto no SUS quanto no serviço privado, encarecem o serviço”.


ROMBO

O quadro fica ainda mais grave quando se coloca na conta a dívida dos planos com o SUS (Sistema Único de Saúde). Desde 1998, uma lei obriga as operadoras a pagar o ressarcimento de consultas feitas no sistema público a pacientes que possuem planos.

Essa judicialização afeta o balanço financeiro das empresas, o que levou certamente, algumas dessas operadoras a fecharem suas portas.


As empresas de planos de saúde têm tentado superar a crise apostando na prevenção de doenças e no estímulo a hábitos mais saudáveis, visando a redução no número de procedimentos.


Outra aposta está nos meios tecnológicos, como a adoção de sistemas eletrônicos para tentar reduzir custos e oferecer novas soluções. Mas esse tipo de autorização ainda depende da ANS.

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