O mercado brasileiro de planos de saúde vive um momento de crise. Nos últimos três anos pelo menos 3 milhões de pessoas deixaram de usar os planos de saúde tradicionais e optaram por dois caminhos: a rede pública ou atendimentos pontuais no sistema privado, como atendimentos ambulatoriais.
A saúde suplementar acabou sofrendo com os efeitos da depressão econômica e com o desemprego. Neste cenário, criam-se novas oportunidades, como o impulsionamento de clínicas particulares e também a adesão a planos de saúde internacionais.
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que regula o setor, não disponibiliza números de adesões a planos de saúde que possuem abrangência mundial. Mas a opção tem sido considerada por muitas famílias.
O panorama do mercado brasileiro revela um modelo de estruturação que demanda uma presença maior do Estado. Um dos exemplos disso é que a regulação acaba mudando com frequência após decisões da agência.
Recentemente, a ANS divulgou uma resolução que restringe o mercado e determina novas regras para a contratação de planos de saúde empresariais por meio de microempresários individuais.
A norma da agência prevê que o contratante deverá comprovar a sua inscrição nos órgãos competentes, bem como a sua regularidade cadastral junto à Receita Federal pelo período mínimo de seis meses.
As operadoras de planos de saúde e as administradoras de benefícios deverão exigir esses documentos em dois momentos: na contratação e a cada ano.
A formação de grupos para contratação de planos de saúde acabou sendo uma saída tentada, principalmente por profissionais liberais, para amenizar os custos com o seguro saúde.
Além disso, muitas operadoras deixaram de oferecer planos de saúde individuais. Isso é comprovado por um estudo recente, da consultoria PWC.
Conforme a pesquisa, “a expansão dos planos de saúde está relacionada principalmente a negócios com contratos coletivos. No Brasil, os planos de saúde privados são um dos benefícios mais valorizados por funcionários de empresas. Portanto, 63% dos contratantes têm planos empresariais coletivos, cujos termos, incluindo reajustes de preços, são estabelecidos por meio de acordos entre a operadora e os beneficiários do plano”, afirmou o levantamento.
O estudo apontou que o mercado é altamente fragmentado, com as sete maiores operadoras, cada uma com mais de um milhão de vidas seguradas, que representam 29,2% de todos os beneficiários, e a empresa maior não chega a ter 8% de participação de mercado.
“Por causa dessa fragmentação, a ANS tem estimulado a consolidação do mercado e aplicado sanções pesadas a grupos que não estão em conformidade com exigências regulatórias e padrões de qualidade”.
Por fim, fica clara a necessidade de uma reestruturação do setor. Alguns pontos negativos partem de levantamento feito pela ANS que aponta para 30% de exames realizados que sequer são retirados por pacientes. Esse desperdício onera tanto as operadoras quanto os laboratórios.
As empresas que comercializam planos de saúde, por outro lado, tem investido de maneira mais relevante em ações preventivas, na tentativa de reduzir os custos do sistema.
Nesse grau de complexidade, é importante analisar outras possibilidades. Se você deseja entender melhor o que fazer no exterior, entre em contato comigo: https://www.rogercorrea.com.br/contato
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