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Foto do escritorRoger Correa

Mídias digitais vivem um novo tempo

Atualizado: 15 de nov. de 2022

Transparência, verdade e responsabilidade são valores que devem fazer parte de qualquer empresa. Quando esta companhia lida com o público ou trabalha com comunicação, a importância dessas características é ainda maior.



E foi justamente isso que faltou para o Facebok na crise da Cambridge Analytics.


Já falamos sobre o rombo financeiro e de imagem que este problema causou para o Facebook. Mas o tema não se restringiu a isso e desde maio a internet ganhou novas regulamentações que afetam diretamente a atuação de diversas empresas.


No dia 25 de maio entrou em vigor o GPDR (Regulamento Geral de Proteção de Dados) que se tornou a mais dura reação do bloco europeu à espionagem em massa promovida pelo governo dos Estados Unidos, que compartilhava informações com outros países, como o Reino Unido. Revelado em 2013 por Edward Snowden, ex-analista da CIA, o escândalo ajudou a impulsionar a revisão da lei que havia começado no ano anterior.


As principais mudanças dizem respeito às informações que os usuários disponibilizam na rede. O internauta pode, em algumas situações, ver, corrigir ou até deletar as informações que empresas guardam sobre ele.

Além disso, as empresas devem coletar apenas dados necessários para que seus serviços funcionem e a coleta e uso de dados pessoais só podem ser feitas com consentimento explícito do usuário.


A nova legislação ainda aponta que qualquer serviço conectado tem de conceder ‘direito ao esquecimento’, ou seja, que as informações poderão ser apagadas a pedido do usuário.


E as empresas, por fim, devem informar com linguagem compreensível sua política de proteção de dados. Antes de processar os dados pessoais de qualquer cidadão, as empresas deverão receber um “claro e afirmativo” consentimento dos donos dessas informações. A permissão tem de ser pedida antes de o serviço ser usado e começar a coletar dados.


Estão previstas multas aos infratores que vão de € 20 milhões ou 4% do volume global de negócios da empresa.


CONSEQUÊNCIAS


Em um artigo recente, da Bloomberg, a análise sobre o Facebook e sua crise foi bem direta. “Não é surpresa que as ações do Facebook tenham despencado. Leslie Gaines-Ross, autora de “Reputação Corporativa: 12 Passos para P


roteger e Recuperar a Reputação”, escreve que 63% do valor de mercado de uma empresa é atribuível à sua imagem pública. Se o Facebook tivesse seguindo princípios básicos e bem estabelecidos de comunicação de crise, não estaria agora lidando com uma catástrofe completa que é basicamente de sua própria responsabilidade”.


As empresas de tecnologia que não entenderem as necessidades do cliente e não observarem as regras básicas desse negócio tendem a sofrer com crises de credibilidade. E sem confiança dos usuários, a situação tende a ficar ainda mais complicada.



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