A revolução das telecomunicações mudou completamente os hábitos dos consumidores. Uma prova disso foi o domínio das transmissões de dados nas receitas das principais operadoras de celular, principalmente por meio do Whatsapp.
Em uma matéria recente, publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, uma pesquisa feita pela consultoria Teleco revelou que a internet chegou a 62,1% do faturamento do setor na comparação entre os anos de 2012, quando o total correspondia a pouco mais de 20%.
Ainda conforme a pesquisa, a banda larga representa quase 40% do faturamento das empresas, ante 24% em 2010, enquanto a telefonia fixa reduziu sua participação para 30,8%, ante 57,1% de oito anos antes. Na telefonia móvel, a curva se inverteu: em 2012, serviços de voz representavam 78,6% das receitas, e de internet, 21,4%.
O grande ponto de inversão acabou sendo a privatização do Sistema Telebrás, em 1998, pelo valor de R$ 22 bilhões. Após 12 leilões consecutivos na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro – BVRJ, pela venda do controle das três holdings de telefonia fixa, uma de longa distância e oito de telefonia celular, configurando a maior operação de privatização de um bloco de controle já realizada no mundo.
A mudança foi profunda. O valor de uma linha telefônica foi reduzido fortemente, a estrutura de telefones públicos profundamente alterada e o caminho para a telefonia celular foi pavimentado.
De longe foi a privatização mais bem sucedida dentro do processo iniciado no começo dos anos 1990 e que acabou intensificada no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Em 1998, o País contava com 17 milhões de linhas fixas e 4,6 milhões de celulares. Hoje, há 235,5 milhões de linhas de celular ativas (mais do que os 208,5 milhões de brasileiros) e 40,8 milhões de linhas de telefonia fixa.
MELHORIAS Outro aspecto importante do sistema brasileiro acabou sendo o aumento da escala de investimentos.
Em declaração dada ao site da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o presidente do conselho diretor da entidade, Juarez Quadros do Nascimento, destacou a expansão do sistema. “A soma de telefonia fixa, móvel, TV por assinatura e banda larga fixa, ao final de julho de 2018, deverá corresponder algo em torno de 325 milhões de acessos a serviços de telecomunicações. Em julho de 1998, essa soma era 28 milhões de acessos. Dessa forma, a infraestrutura de telecomunicações após 1998 recebeu, continuamente, investimentos vultosos, cujos picos ocorreram nos primeiros anos após o processo de desestatização.
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