Em um cenário de concentração de mercado e com apenas 7% da população brasileira consumidora de planos de seguro de vida, o setor ainda tem muito espaço para avançar.
De acordo com a Susep (Superintendência de Seguros Privados), no geral, o mercado segurador possui forte concentração. “Os gráficos de concentração por grupo econômico mostram uma predominância de seguradoras vinculadas a grandes grupos. A participação dos cinco principais grupos econômicos em relação ao volume total de prêmios diretos do mercado, permaneceu aproximadamente estável entre 2002 e 2007, oscilou ligeiramente entre 2007 e 2017, e terminou o período total de análise com uma ligeira queda”, apontou a entidade em seu relatório mais recente sobre o mercado.
Em relação ao seguro de vida, a Carta de Conjuntura do Sincor-SP. No Brasil, as seguradoras desse ramo têm, em média, um crescimento que varia entre 5% e 10% ao ano, com um faturamento que gira em torno de R$ 10 milhões. Além disso, os prêmios pagos no período chegam a um total de R$ 11 bilhões.
Entre as razões para se acreditar em um possível crescimento na venda de seguros de vida estão a perspectiva de melhora na economia, o que pode levar mais pessoas a contratar individualmente, bem como as empresas que podem fazer a contratação de maneira coletiva.
Conforme a Susep, dentre as vendas de planos de previdência, o mercado também apresenta cenário de concentração. “Nota-se, também, uma predominância de seguradoras vinculadas a grandes grupos econômicos, especialmente do setor bancário. Os gráficos de concentração por grupo econômico mostram que a participação dos cinco principais grupos em relação ao volume total de prêmios/contribuições do mercado, aumentou de 77% (em 2003) para 92% (em 2017)”, completou.
OPORTUNIDADE
A venda de seguros tem sido uma grande aposta dos bancos. Em uma matéria publicada em abril pela revista Isto É Dinheiro, tanto o Bradesco quanto o Banco do Brasil revelaram algumas de suas estratégias de ampliação de negócios.
O BB Seguridade registrou lucro de R$ 4,05 bilhões, enquanto a Bradesco Seguros somou R$ 5,53 bilhões, em 2017.
Outras entidades financeiras também possuem atuação destacada no setor. Em 2014, o Itaú fez acordo com a Porto Seguro e atua principalmente na distribuição de seguros por sua rede, obtendo receitas de R$ 6,2 bilhões em 2016 e 2017.
O Banco Santander, por sua vez, em 2017, obteve receita de comissões na casa de R$ 2,5 bilhões, avanço de 13,8% ante 2016.
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