Dando sequência aos nossos textos sobre as maiores empresas do mundo, vamos falar sobre Jeff Bezos, o CEO e proprietário da Amazon. Ele é atualmente o homem mais rico do mundo, com uma fortuna de US$ 120,2 bilhões. Mas qual o segredo e qual o caminho percorrido pelo executivo até chegar a esse ponto?
A trajetória de Jeff Bezos teve início como a maioria de profissionais nos Estados Unidos. Boas notas no colégio e uma iniciação boa na área científica – quando fez projetos de engenharia – o colocaram em Princeton, para cursar Engenharia Elétrica e Ciência da Computação.
A vida profissional, de certa forma, começou na área burocrática, mas já ligada ao início do que seria o comércio eletrônico. Jeff Bezos passou a ocupar cargos de gerência em empresas de informática e antes dos 30 anos já era vice-presidente da D.E. Shaw, uma empresa de fundos de investimentos.
No entanto, ao chegar no ano de 1994, ele sentiu a necessidade de dar o primeiro grande salto em sua carreira. Ao fundar a Amazon, Jeff Bezos conseguiu aliar duas características que seriam fundamentais no crescimento futuro da companhia: ousadia e visão de futuro.
Na primeira metade dos anos 1990, a internet estava começando a se tornar popular, mas ainda não tinha escala e investimentos significativos. Uma loja de livros, discos, brinquedos e produtos eletrônicos, com vendas exclusivamente online, antecipava uma tendência de mercado que ainda levaria alguns anos para se estabelecer.
No entanto, o faro para bons negócios logo atraiu a atenção de outros sites e com poucos meses de vida, a ascensão foi meteórica. Tudo começou com anúncios no portal Yahoo! e em 1995, a empresa já enviava produtos por todo os Estados Unidos e mais 45 países. Um ano depois, a Amazon realizaria seu IPO e consolidava seu caminho para a liderança.
Tempestade para Jeff Bezos
Ao mesmo tempo em que se tornava o líder do mercado, a internet sofreu seu primeiro abalo com a crise das empresas pontocom. Além de grandes fusões que resultaram em prejuízos, a fuga dos investidores em 2000 representou um sinal de alerta sobre as formas como as empresas voltadas para a tecnologia deveriam atuar nos anos seguintes.
A Amazon passou incólume ao furacão e entrava no século XXI com aumento de vendas e na lista de opções de produtos vendidos no site. Mesmo com esse sucesso comercial, Jeff Bezos fez a leitura de que a evolução seria necessária para consolidar a empresa.
Se o caminho das coisas era a portabilidade, a Amazon lançou o Kindle, equipamento que revolucionou o comércio de ebooks. Outra tendência tecnológica era o oferecimento de serviços por streaming. E a Amazon entrou nesse mercado em 2006, com o embrião do que hoje é Prime Video.
O futuro de Jeff Bezos
Jeff Bezos também fez outras duas apostas mais ousadas. A primeira foi o investimento na Blue Origin, uma companhia que desenvolve tecnologias para que pessoas paguem para viajar ao espaço.
A outra jogada foi a compra, em agosto de 2013, do tradicional jornal Washington Post, por US$ 250 milhões. O negócio colocou a empresa como um grande player da mídia mundial.
O Post, como é conhecido, é uma marca da imprensa americana e representa um desafio grande, de fazer um negócio em franca decadência, voltar a dar lucro.
Neste aspecto, a transação recebeu críticas por algum conflito de interesses, principalmente comerciais. Esperamos que a história de Jeff Bezos, que terá novos capítulos ainda, seja uma fonte de inspiração.