Com valorização de 15,37% em 2018 no preço da grama, o investimento em ouro pode ser uma boa opção neste momento em que a economia parece não definir uma projeção confiável.
Atualmente, o metal é cotado por preços próximos aos R$ 160 e a estratégia de compra e venda é bastante particular.
O ouro pode servir de proteção em momentos de crises financeiras e inflação em alta e não depende de regulações governamentais para ser comercializado.
Além disso, o ouro é um ativo internacionalmente aceito e uma alternativa de investimento para quem busca rentabilidade, segurança e proteção. A negociação do ouro como produto financeiro no Brasil é realizada na B3 sob forma de lingotes de ouro fino, fundido por empresa refinadora e custodiado em instituição depositária, ambas credenciadas pela B3.
O ouro pode ser negociado em lote padrão de ouro fino, correspondente a um lingote de 250 gramas, lotes fracionários e 10g e lotes fracionários de 0,225g, com teor de pureza de 999,0 partes de ouro fino para cada 1.000 partes de metal.
Existe também a modalidade financeira, na qual o investidor adquire um certificado e manter o metal sob custódia, pagando neste caso, taxas de corretagem.
Por outro lado, o investimento em ouro também oferece riscos, já que seu valor muda a cada minuto e é extremamente volátil por conta de sua alta liquidez no mercado secundário.
Entre outros fatores estão a política monetária dos inúmeros países ao redor do mundo, oferta e demanda de investidores individuais nas bolsas do mundo, fluxos de importação e exportação do metal entre países, períodos de sazonalidade durante o ano e outros fatores naturais que possam afetar a extração do ouro.
HISTÓRIA Em 1971, o então presidente americano Richard Nixon anunciou o fim do padrão ouro para o dólar, encerrando o sistema monetário internacional de Bretton Woods que ajudou a tornar o dólar a moeda de reserva mundial. Dependendo da perspectiva de cada um, o fim do padrão ouro foi uma concessão inevitável à realidade econômica ou uma catástrofe épica.
Até aquele momento, o ouro era o principal investimento e ofuscava até mesmo o mercado acionário.
Em agosto de 1971, a onça-troy do ouro valia US$ 35 e hoje é negociada em torno de US$ 1.196.
Na análise de alguns, o fim do padrão ouro elevou a inflação monetária, possibilitando, como na crise de 2008, a entrada de US$ 2 trilhões de dinheiro novo no sistema bancário.
A base monetária americana, que era de US$ 889 bilhões em dezembro de 2007, pulou para US$ 1,7 trilhão em dezembro de 2008.
Esse cenário pode ter deixados os juros baixos como estão hoje e afetaram a recuperação econômica global pós-crise.
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