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Foto do escritorRoger Correa

Custo Brasil afeta preços, investimentos e desenvolvimento



É bastante comum encontrar pela internet exemplos de comparação entre o preço de produtos vendidos no Brasil e no exterior, quase sempre com diferenças muito grandes nos valores brasileiros.

Neste texto vamos falar um pouco sobre as razões pelas quais isso ocorre e os efeitos nocivos para a nossa economia.

O primeiro ponto que impacta diretamente o chamado Custo Brasil se dá por uma carga tributária alta. Segundo levantamento da OCDE, atualmente, os impostos correspondem a 35% do PIB brasileiro. 

Na comparação com outras nações, o País possui cargas mais elevadas do que economias desenvolvidas, como a da Coreia do Sul, Canadá, Japão e Reino Unido.

Esse aspecto afeta a capacidade de investimento interno, o estímulo a novos negócios e ainda diminui a competitividade dos produtos nacionais, principalmente na indústria, setor de forte competitividade e no qual os custos de produção são decisivos.


Tomando como exemplo o ramo de logística, que exige investimentos maciços em infraestrutura e sistemas, temos uma situação complexa. Grande parte dos custos com matéria-prima e produção dependem do transporte de produtos. Conforme o FMI (Fundo Monetário Internacional), o custo da logística representa em média 12% do PIB mundial, enquanto no Brasil eles respondem por 17% do PIB brasileiro.


No cenário brasileiro, ainda há sérios problemas em diversas áreas de infraestrutura nacional, com forte dependência do transporte rodoviário, com estradas em péssimas condições e mal sinalizadas, enquanto a ampliação do sistema ferroviário segue a passos lentos e os portos vivem a mesma situação.


Ainda dentro do sistema tributário, o formato de cobrança e cálculo de diversos tributos causa dupla tributação e encarece ainda mais produtos e serviços.


FUTURO


O custo interno de investimento afeta também o planejamento de novos negócios das empresas de tecnologia. Uma pesquisa recente, divulgada pela Rimini Street, mostrou que na América do Sul, a pesquisa incluiu Brasil e Argentina, a dúvida dos executivos sobre de onde virá o dinheiro para a inovação apontou que 98% dos pesquisados disseram estar preocupados, muito preocupados ou extremamente preocupados em relação a essa problemática.


Na média global, esse percentual também é alto, de 71%, mas mostra que na região Brasil/Argentina a questão sobre como encontrar e direcionar recursos para a inovação é ainda mais crítica.


No Brasil, os custos crescentes afetam a atualização de sistemas de escrituração digital e outras inovações.

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