Os primeiros dias do governo de Jair Bolsonaro, como não poderia ser diferente, foram marcados por polêmicas com adversários e com a imprensa.
É natural que o novo governo ainda leve algum tempo para se situar. São transformações profundas que aconteceram e ainda devem acontecer e justamente por isso, os ataques serão constantes.
A agenda de reformas e a necessidade de fazer a economia melhorar são os dois primeiros desafios do novo presidente.
Para atingir esse objetivo, no entanto, Bolsonaro terá que negociar com o Congresso. As eleições tanto da Câmara quanto do Senado serão os dois primeiros testes.
No caso da escolha do novo presidente da Câmara Federal, o PSL, sigla do governo, já definiu apoio ao deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Por outro lado, no Senado, as coisas devem ser mais complicadas. Tudo porque o senador Renan Calheiros (MDB-AL) desponta como franco favorito e a base governista ainda não decidiu se encampa a candidatura do senador de primeiro mandato Major Olímpio (PSL-SP), do parlamentar Davi Alcolumbre (DEM-AP) ou ainda se apoia Tasso Jereissatti (PSDB-CE).
Renan fez campanha aberta pelo candidato petista, Fernando Haddad, nas eleições presidenciais e cobrará caro a aprovação de medidas como a reforma da Previdência, considerada prioritária na agenda econômica do novo governo.
AVANÇOS
Enquanto elabora a versão final da reforma, o governo acelerou a publicação de medidas que contemplam promessas de campanha.
A mais destacada foi o decreto que facilita a posse de armas de fogo. De acordo com a medida, será permitido aos cidadãos residentes em área urbana ou rural manter arma de fogo em casa, desde que cumpridos os requisitos de “efetiva necessidade”, a serem examinados pela Polícia Federal.
Além disso, outra medida que segue em estudo é a abertura dos arquivos do BNDES, principalmente os relacionados à lista de devedores do banco. Esse passo pode dar mais transparência e confiabilidade aos negócios da entidade, que teve uso político nos últimos anos e colaborou inclusive para a queda da ex-presidente Dilma Rousseff.
Por fim, o discurso do ministro da Economia, Paulo Guedes, também animou o mercado, que enxerga possibilidades de sucesso na agenda econômica do governo e também no retorno de investimentos estrangeiros no País.
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