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Foto do escritorRoger Correa

Fundos imobiliários vivem momento que inspira cautela

A euforia observada alguns anos atrás deu espaço à preocupação com os rumos do mercado imobiliário. Esse movimento afeta não só a compra e venda de imóveis, como também o desempenho dos fundos imobiliários.



Até agosto deste ano, a rentabilidade média desse tipo de investimento está em -4%, de acordo com o Ifix, medido pela B3.


A greve dos caminhoneiros, a instabilidade política e a trajetória de queda dos juros também colaboraram para o cenário negativo neste ano. 


O grande ‘nó’ no setor de fundos imobiliários se dá na composição desse tipo de índice. O lastreamento dos papéis é feito por meio de prédios comerciais, shoppings centers, galpões e demais empreendimentos.


Com a desaceleração da economia, a ocupação desses espaços e o pagamento de aluguéis sofrem para conseguir a retomada e dependem da melhora do ambiente do País.


Por outro lado, uma redução, ainda que pequena, dos investidores, forçou uma queda nos valores iniciais de investimento, o que pode atrair uma parcela maior da população.


Para o futuro, o cenário não é favorável. As eleições ainda estão longe de traçarem alguma lógica e todas as perspectivas de hoje podem ser alteradas profundamente.


De acordo com o Boletim Focus, da semana passada, o IPCA deve ficar em 4,16%, neste ano. Para 2019, a projeção caiu de 4,12% para 4,11%. Para 2020 e 2021, a estimativa permanece em 4% e 3,92%. A taxa básica de juros, a Selic, atualmente está em 6,5% ao ano.


Por sua vez, a projeção para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) foi reduzida de 1,47% para 1,44% neste ano. Para 2019, 2020 e 2021, a estimativa para o crescimento do PIB continua em 2,5%.


A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar subiu de R$ 3,75 para R$ 3,80 no final deste ano e permanece em R$ 3,70 no fim de 2019. Para 2020, a estimativa cai para R$ 3,67 e, no final de 2021, se mantém em R$ 3,75.


AMEAÇAS Na área residencial, o cenário também inspira cuidados. A CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) informou à imprensa que o estoque de imóveis novos disponíveis para venda no país chegou ao fim de junho com 124.715 unidades, queda de 14,4% em um ano.


Apesar disso, o sentimento de quem trabalha no mercado é o de que o ritmo de vendas ainda está longe de voltar ao observado em anos anteriores.


Outro ponto que lança sombra ao setor é a discussão polêmica sobre a Lei de Distratos, que já chegou a ter o indesejável número de cada 100 imóveis vendidos em 2015, 41 foram devolvidos.

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