estando poucos dias para o 1º turno das eleições, o cenário aponta para uma divisão mais profunda entre petistas e antipetistas, com um provável segundo turno, de acordo com as pesquisas, entre o deputado Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro Fernando Haddad (PT).
A polarização, desde 1994, havia sido protagonizada por PT e PSDB e ao que parece, Bolsonaro ocupou esse espaço e mesmo afastado da campanha desde que foi esfaqueado em 6 de setembro, apresenta um número considerável de intenções de voto.
Já pelo lado petista, a ideia de usar o máximo possível a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para alavancar o nome de Haddad pode ter sido considerada dentro do que o partido esperava. No entanto, gera desconfiança e desgaste principalmente a respeito do futuro. Os questionamento quanto à montagem de um possível governo e sobre o espaço que o grupo de Lula teria no mandato.
Ao mesmo tempo, durante o tempo em que ficou no hospital, Bolsonaro viu tanto seu candidato a vice-presidente General Mourão (PRTB) e seu conselheiro econômico Paulo Guedes se envolverem em polêmicas e teve até que desautorizá-los em algumas delas.
Além das pesquisas que serão divulgadas na última semana da eleição, existe previsão de que o inquérito que investiga o ataque sofrido por Bolsonaro seja concluído pouco antes do 1º turno.
DECEPÇÕES
Ainda que restem alguns dias até a realização do pleito, o fato é que o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) decepcionou. Mesmo tendo montado a maior coligação das eleições, o que resultou também no maior tempo de televisão, o tucano não conseguiu incorporar um espírito mais ativo e já enxerga alguns aliados cogitarem a adesão a outros projetos.
Além dele, Marina Silva (Rede) mais uma vez não conseguiu se viabilizar como uma terceira via. Em sua terceira tentativa, desta vez por um partido pequeno, sem grande capilaridade, a ex-senadora não empolgou.
Já a candidatura do ex-ministro e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (MDB) também pode ser considerada abaixo da expectativa. Apesar de ter o peso do presidente Michel Temer (MDB), que é muito mal avaliado, Meirelles teve como estruturar bem uma campanha e não conseguiu canalizar o sentimento de ponderação e estabilidade, que poderiam ser fortes nesse momento de crise.
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