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Foto do escritorRoger Correa

Facebook e a crise moderna

A revelação de que a empresa Cambridge Analytics teve acesso a dados confidenciais de mais de 50 milhões de usuários do Facebook, trouxe um verdadeiro rombo na credibilidade da empresa.

A crise levou a uma perda de US$ 58 bilhões no valor de mercado e até o dono, Mark Zuckerberg, teve que prestar esclarecimentos ao Congresso Americano.

Tudo isso ressalta aspectos sobre e economia moderna e o tipo de crise que pode se abater sobre outras empresas do mesmo porte.


A lição do Facebook mostra que as crises modernas envolvem muito mais a reputação e são de uma magnitude diferente. Se uma petroleira é responsável por um vazamento, além de ser multada, poderá ser obrigada a consertar o estrago e ainda pode desenvolver projetos ambientais para evitar novos desastres.



Os danos em sua reputação poderão ser pontuais, apesar de afetarem números financeiros e valor de mercado.


Mas e quando a crise se dá por vazamento de dados? Como fica a confiança dos usuários? É possível recuperar a credibilidade?


No caso do Facebook, o impacto é mais grave do que parece. Por ser a maior rede social do mundo, ter transparência é algo fundamental.


Neste aspecto, as regras para coleta de dados confidenciais e sua utilização precisa ficar clara para todos os usuários. O caso da Cambridge mostrou que isso não ocorre.


Outro ponto que merecia atenção é a lista de termos de serviço, que deveria especificar as implicações de reproduzir informações, dados pessoais e outros dados na rede social.


Além disso, ao alterar o sistema de publicidade e de links patrocinados, o Facebook também pode ter falhado ao não divulgar como administra esse enorme volume de dados. Esse ponto causa preocupação adicional, pois a publicidade digital atualmente utiliza muitas dessas informações e muitas vezes pode desrespeitar princípios de privacidade.


Para completar, teremos neste ano uma disputa eleitoral e mais do que nunca o marketing político digital tende a ser mais forte. Nas eleições de 2016, nos Estados Unidos, Donald Trump utilizou ferramentas desse tipo para chegar à Casa Branca.


Futuro

Ao pensarmos nas formas que Zuckerberg poderá encontrar para fazer a credibilidade do Facebook ser reforçada é importante destacar que a construção do modelo de negócio teve início com uma presença de diversos empresários e atores políticos.


Isso trouxe a necessidade de influência, que acabou se revelando nociva nesta primeira grande crise. Talvez o futuro esteja em redefinir as regras, atender a novas regulações que poderão nascer do poder público e oferecer mais informações ao público.

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