A principal liga de futebol americano, a National Football League (NFL), possui números superlativos. O torneio já está na sua fase final e termina no começo de fevereiro.
A base deste texto se dá pela pesquisa anual realizada pela revista Forbes com as 32 franquias e também por informações oficiais da própria liga. Vamos ao Top 10.
O Dallas Cowboys é o time mais valioso, com valor de mercado de US$ 4,8 bilhões (destes pelo menos US$ 1,1 bilhão relacionado ao AT&T Stadium). A franquia liderou o ranking pelo 11º ano consecutivo e tem como outro trunfo acordos comerciais com empresas como Nike, Pepsi e American Express.
Em segundo lugar vem o New England Patriots, que vale atualmente US$ 3,7 bilhões, em função principalmente do potencial esportivo da equipe que acumula 5 títulos nos últimos 17 anos. Outro fator que colabora é o programa de venda de carnês que mantém o Gillette Stadium com uma ocupação quase sempre próxima dos 100%.
O New York Giants, campeão 8 vezes da liga, aparece com valor estimado em US$ 3,3 bilhões e trata-se de outro caso em que a força esportiva faz a marca ser mais apreciada e valorizada. Dentro de campo, as últimas temporadas não foram boas e isso se reflete em uma das folhas salariais mais altas da liga.
Na quarta posição no ranking vem o Washington Redskins, com valor de US$ 3,1 bilhões. A franquia não teve bom desempenho mais uma vez. Fora de campo, a expectativa se dá pela possibilidade de um novo estádio. O atual, FedEx Stadium, só tem 20 anos, mas a equipe espera explorar a proximidade com o aeroporto para atrair mais torcedores.
O San Francisco 49ers chegou a US$ 3 bilhões e isso se deve principalmente ao constante uso do estádio inaugurado recentemente, o Levi’s Stadium, que já recebeu eventos como espetáculos de luta livre e até jogos da NHL, a liga de hóquei. No campo, a situação tende a melhorar com a chegada do quarterback Jimmy Garoppolo, após duas temporadas decepcionantes.
A mudança de Saint Louis para Los Angeles, em 2016, marcou um desafio grande para os Rams, como a adaptação a um local que vive os esportes de maneira intensa e a conquista de novos torcedores. O time enfrentou bem a ‘concorrência’ do Chargers, que também mudou para a cidade. A região metropolitana de Los Angeles tem uma população de 13 milhões de pessoas. O valor de mercado dos Rams ficou em US$ 3 bilhões.
Por sua vez, um dos times mais antigos da NFL, o Chicago Bears já vive uma fila de 33 anos. Mesmo assim, o time da família McCaskey vale US$ 2,9 bilhões e conserva particularidades como não adotar naming rights para o estádio Soldier Field, algo que pode mudar, e manter o mesmo comando desde 1920.
Já o Houston Texans completa 20 anos no Texas este ano. A equipe apresenta boa saúde financeira, com valor de mercado de US$ 2,8 bilhões. Um ponto que causa preocupação é o pagamento do aluguel do NRG Stadium que custa US$ 4 milhões ao ano. Por outro lado, as receitas chegaram a US$ 433 milhões, a maior da história do time.
Na nona posição temos o New York Jets que atingiu o valor de US$ 2,8 bilhões. A crise técnica da franquia se reflete em temporadas abaixo da crítica, tanto que desde 2010, apenas em 2015 o time conseguiu ter mais vitórias do que derrotas. Na parte financeira, a lucratividade do MetLife Stadium garante os bons números.
Para fechar esse Top10 (ainda trarei 2 equipes importantes que ficaram de fora), temos o Philadelphia Eagles, com valor estimado em US$ 2,7 bilhões. O time possui uma das maiores taxas de renovação dos carnês de ingressos, com 99,7%.
Gigantes de fora da NFL
A lista da Forbes trouxe o Denver Broncos na 11ª posição e o Green Bay Packers na 13ª. Como são duas franquias fortes e campeãs, deixo abaixo algumas impressões.
Os Broncos tem valor de US$ 2,6 bilhões e atingiu receitas de US$ 411 milhões.
Já o Packers tem valor de mercado estimado em US$ 2,6 bilhões e é uma das poucas franquias que não tem dono, os sócios são os torcedores, o que gera um nível elevado de receitas, que chegaram a US$ 421 milhões.
Estrutura da NFL
Para colocar uma liga com 32 equipes em operação, com equilíbrio, e ainda assim oferecer um produto valioso, a NFL tem um desafio e tanto.
Tudo começa 7 dias antes da partida, com uma vistoria detalhada das condições de atendimento das 2 equipes. São 600 toalhas, mais de 500 quilos de gelo e dispensers para isotônicos.
Faltando 4 dias para o jogo, é feita outra vistoria, desta vez com foco nos equipamentos de comunicação, como fones, microfones e sistema de som dos árbitros, além dos médicos que ficam à beira do campo.
No dia seguinte, o time da casa pode visitar o campo, ver as medidas e se certificar das condições para a partida.
Quando faltam 24 horas para a partida, delegados, árbitros e demais profissionais precisam estar na cidade do jogo. Seis horas depois, o time adversário também necessita estar hospedados na região.
As atividades prosseguem até a hora do jogo, quando o hino americano é tocado 5 minutos antes da partida e é feito o sorteio da moeda que definirá posse de bola e lado de campo.
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